Depois de abordamos no nosso blog o que ogoverno quer saber com o Bloco K e a importância da organização e validação de dados, vamos conferir as principais informações a serem preparadas pelas empresas para a entrega do Bloco K do Sped. Os dados que serão escriturados nessa nova obrigação do governo não são facilmente coletados de um dia para outro, por isso é extremamente necessária a criação de um planejamento para o Bloco K. Confira nosso checklist:
Dados de formulação do produto
Já sabemos que o governo está solicitando das empresas as informações de produção – interna e de terceiros. Assim, um item essencial para realizar a entrega do Bloco K do Sped é a fórmula dos produtos, que consiste na quantidade e no tipo de componentes utilizados para elaborar o produto acabado. Esses dados, conhecidos como BOM (bills of materials), lista de produto, lista de engenharia ou estrutura de engenharia, informam o processo de transformação e a estrutura dos produtos da indústria, além das ordens de produção realizadas dentro do período de apuração.
2) Consumo real de produção
Este é um ponto que exige certo detalhamento e maior tempo para preparação. Diferentemente da fórmula padrão, o consumo real é uma informação que será exigida mensalmente e nele deverá constar quantas unidades (quilos, toneladas, etc) foram consumidas no mês e quantos/quais produtos acabados foram produzidos com esta quantidade.
Sabemos que este tipo de acompanhamento da manufatura não faz parte do core da indústria, que precisa dedicar 100% dos seus esforços para a fabricação/produção/manufatura. No entanto, o Bloco K do Sped, assim como outros livros do fisco, requer planejamento e acompanhamento da rotina produtiva. Importante contar com uma consultoria especializada para definir o melhor método de organização e controle de dados para sua empresa.
3) Industrialização em terceiros
Não só os dados de produção interna são solicitados pelo Bloco K do Sped. As informações de materiais de propriedade da empresa que estão sendo industrializados em terceiros também deverão ser escriturados. Assim, deve-se controlar quais insumos foram enviados ao fornecedor, quanto foi utilizado e qual o resultado dessa transformação (produto semiacabado).
Além de ser um dado relevante para controle do governo, a transformação de terceiros deve ser encarada como estratégica para a empresa, afinal, essa transformação possivelmente gera a troca de part number. Lembrando que a NCM determina as alíquotas de Imposto de Importação e IPI, além de ser base para o cálculo de ICMS, determinando isenções e regras de Substituição Tributária. Relembre nosso post sobre NCM de produtos.
Com esses três itens, é possível perceber o cruzamento de informações que o Bloco K do Spedpossibilita entre o que a empresa industrializadora está recebendo de terceiros, o que o seu fornecedor está produzindo e o que está chegando ao consumidor final. É certo que cada item desse checklist é repleto de outros detalhamentos. Assim, reforçamos a urgência de rever processos e de criar um planejamento adequado para a realidade produtiva da sua empresa. O Bloco K do Sped já está à porta das empresas e quem ainda não se preparou, terá tarefa dobrada. O acompanhamento da manufatura não é simples, nem rápido de se fazer. Exige método, integração com as ferramentas de uso empresarial e, principalmente, o envolvimento de diversos setores para a coleta e validação de dados. A sua empresa está pronta para a entrega com minimização de riscos e de exposição fiscal?
Saiba mais no nosso webinar sobre preparação para o Bloco K.
Quer compartilhar sua experiência com o Bloco K do Sped? Escreva nos comentários.
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