Na última semana de junho, o Governo Federal anunciou o Plano Safra 2023/2024, com financiamento de R$ 364,22 bilhões até junho de 2024 para apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais, além de incentivar o fortalecimento dos sistemas ambientalmente sustentáveis.
Do total de recursos disponibilizados para a agricultura empresarial, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 26% em relação ao ano anterior. Outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos, alta de 28%. No volume total, tivemos um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior, que foi de R$ 287,16 bilhões.
Além do aumento no valor total, outro importante destaque do Plano Safra 2023/2024 foi o incentivo e fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.
Com o RenovAgro – Programa para Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis, por exemplo, é possível financiar práticas sustentáveis como a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação e a ampliação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas, a adoção de práticas conservacionistas de uso e o manejo e proteção dos recursos naturais.
Mas não é só o RenovAgro que financia práticas sustentáveis de produção. Outros programas, como o Inovagro, o Proirriga, o Moderfrota e o Moderagro também têm em sua concepção o incentivo à produção agropecuária de baixa emissão de carbono.
A expectativa é que o aumento dos valores do Plano Safra 2023/2024 contribua positivamente para as exportações do setor. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, em 2022 as exportações do agronegócio somaram US$ 159,09 bilhões, com alta de 32% em relação ao ano anterior. Já as importações registraram US$ 17,24 bilhões.
Garantir a competitividade internacional do agronegócio brasileiro é primordial. Este aspecto é imprescindível para definir o ambiente e o foco de atuação para os próximos anos, no intuito de elevar ainda mais a capacidade deste segmento na economia brasileira e no mundo.
Além do volume recorde de investimento do Governo Federal, as empresas do segmento precisam promover a diminuição dos acúmulos de créditos tributários, o aumento do fluxo de caixa e a redução de custos para seguirem competitivas.
Dentro deste cenário, a busca pela implementação de Regimes Especiais vigentes, criados para aumentar a competitividade das exportações brasileiras perante o mercado internacional, representa uma excelente oportunidade para o agronegócio.
A Becomex é líder em Regimes Especiais no Brasil e pioneira no desenvolvimento de uma estratégia colaborativa que permite ganhos em todos os elos da cadeia produtiva, incentivando o exportador e beneficiando o fornecedor.
Vinicius Pacheco – Diretor de Operações da Becomex