Por que ainda é tão complicado otimizar ganhos em benefícios e incentivos fiscais? Como as empresas exportadoras podem buscar oportunidades, reduzindo riscos e exposição fiscal, para serem mais competitivas? Essas questões fazem parte da rotina das companhias brasileiras, inseridas em um cenário de alta complexidade tributária e fiscal e baixa capacitação de suas equipes fiscais. Neste post, vamos falar sobre três desafios fiscais comuns para atingir a maturidade da governança fiscal e tributária e possíveis caminhos para a solução.
Equipes fiscais enxutas
A maioria das empresas, exportadoras ou não, conta com uma equipe enxuta para cuidar da rotina fiscal. Com um número reduzido de profissionais nesta área, além da falta de técnicas e ferramental adequado, fica difícil se dedicar ao estudo e obtenção de otimização de ganhos fiscais. As equipes concentram esforços apenas nas rotinas da área, como no cumprimento de obrigações, atendimento aos requisitos do governo, preparação de dados e envio de informações.
Soma-se à estrutura enxuta a falta de conhecimento em gestão fiscal e tributária e chegamos a um ponto crítico vivenciado por muitas companhias: orientar as atividades somente para o atendimento do compliance e não encontrar melhorias.
Com o auxílio de uma consultoria especializada, é possível reverter essa situação, pois os profissionais externos transferem conhecimento aos setores envolvidos na rotina fiscal e também identificam oportunidades com redução de riscos fiscais.
Obrigações acessórias e principais
As empresas brasileiras gastam 2,6 mil horas com a apuração de nove impostos que pesam 68,3% em seus lucros. Os dados são da pesquisa Compliance Tributário no Brasil, feita pela Deloitte. Isso indica que atender corretamente as obrigações acessórias (entrega de documentos e informações) e principais (pagamento de impostos) ainda é uma tarefa complicada para as empresas exportadoras.
Essa complexidade %u2012 e o receio de expor informações fiscais ao governo %u2012 faz com que muitas companhias deixem de buscar oportunidades ou solicitar benefícios fiscais. As que buscam sem estar prontas para atender as obrigações, acabam não alcançando os resultados desejados. Como exemplo temos o caso do Reintegra, um benefício aparentemente fácil de ser gerenciado, porém com muitos pedidos negados e despachos decisórios da Receita. O motivo: inconsistências geradas pela falta de preparo das empresas em cruzar informações, auditar e monitorar constantemente a geração de dados. Confira nosso artigo sobre o tema no blog.
Um caminho para superar esse problema… mesmo com ERP, sistemas de comércio exterior e controle fiscal, as empresas continuam em situação de exposição fiscal. A recomendação é investir em processos e ferramentais que consigam integrar todas as fontes de informação ligadas ao atendimento do compliance. Unindo os dados dos diversos setores envolvidos, entre eles compra, venda, importação, exportação e estoque, as empresas exportadoras podem realizar auditorias e monitorar a qualidade das informações enviadas aos sistemas do governo.
Visão integrada e estratégica
O planejamento tributário e fiscal não é uma prática comum nas empresas brasileiras. Ainda é um tema espinhoso, mas com a complexidade tributária e fiscal do país, torna-se uma tarefa obrigatória. Esse planejamento inclui uma visão estratégica das empresas exportadoras, na qual é preciso pensar na gestão fiscal e tributária de forma integrada, envolvendo os setores afins e também o ecossistema de negócios %u2012 fornecedores, clientes e parceiros.
Assim, para alavancar ganhos, as companhias devem parar de pensar apenas no operacional e dar a devida importância aos benefícios e incentivos fiscais, como Drawback, Reintegra, Ex-Tarifário, entre outros. Com planejamento e gestão adequados, é possível ter ganhos expressivos. Para alcançar a maturidade nos processos de governança e driblar os desafios fiscais, as empresas podem contar com o auxílio de uma consultoria especializada, que atua em três frentes: atendimento do compliance, mitigação de riscos/exposição fiscal e geração de valor.
Como a sua empresa está lidando com os desafios da gestão fiscal e tributária? Compartilhe a sua experiência conosco.
Deixe seu comentário