Em tempos de crise é impossível desprezar as oportunidades que a recuperação de impostos pode trazer à empresa, tanto para minimizar os impactos da queda na receita quanto para trazer ‘dinheiro novo’ para a mesa. Porém, mesmo com tantas oportunidades, as empresas ainda subutilizam esse benefício por três principais motivos:
1) Equipes internas cada vez menores X Complexidade para atender às obrigações.
O dia-a-dia da área tributária nas empresas, com equipes cada vez mais enxutas, tem sido focado em atender às inúmeras obrigações que o governo vem impondo, com maior nível de controle e cruzamentos de todas as informações. Os profissionais trabalham para o governo, sobrando pouco tempo para o buscar oportunidades com olhar mais estratégico, o que poderia trazer redução custos.
2) Temor de atrair a fiscalização ao solicitar os créditos
Esse é o principal motivo que desmotiva as empresas a realizarem a . As incertezas sobre a coerência da base fiscal da empresa afastam as possibilidades de realizar a recuperação. Em razão disso, as empresas abrem mão da oportunidade de buscar dinheiro novo. Todo gestor tributário sabe que “não existe almoço grátis”. Pedir dinheiro ao governo – também afetado pela crise – tem como contrapartida uma possível fiscalização que pode custar ainda mais caro para a empresa, além de expor o profissional. Por ouro lado, não realizar a recuperação de impostos também não isenta a empresa de uma possível fiscalização. Não pedir crédito não isenta da fiscalização.
3) Falta de profissionais especializados
O cenário tributário brasileiro é muito complexo e fica difícil encontrar profissionais especializados que consigam mapear todas as operações com visão estratégica para buscar o benefício com segurança e compliance, sem a sensação de que o fisco vai encontrar um erro, aumentando as chances de onerar empresas com penalidades e ainda expor a área e os profissionais envolvidos.
Mesmo com essas razões consideráveis, o fato é que com o cenário atual, não é mais possível trabalhar o EBTIDA – Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que significa lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – das empresas apenas aumentando o preço de venda e reduzindo preço de compra. A relação comercial dos departamentos de compras e vendas já estão bastante fragilizadas, sem muita margem para trabalhar.
Atualmente, qualquer oportunidade de dinheiro novo precisa ser considerada, independentemente do valor a ser recuperado. É incoerente deixar um dinheiro parado com o governo ao mesmo tempo em que a empresa busca dinheiro no mercado financeiro, a taxas muito maiores.
A solução é buscar, no mercado, um parceiro especializado e que não faça simplesmente um pleito de recuperação de impostos, mas que realize uma ação integrada. Que tenha expertise necessária para mapear e cruzar as informações previamente, antecipando tudo o que o fisco vai exigir, para pedir ao governo somente o que estiver em coerência.
Dessa forma, é possível trazer dinheiro novo e compliance ao mesmo tempo, em toda a operação. O compliance de processos fiscais é um forte aliado na prevenção de autuações tributárias. Além disso, a equipe interna fica liberada para trabalhar mais para a empresa do que para o governo. Saindo do operacional para o estratégico.
Quadro com os principais temas avaliados no processo de identificação de oportunidades de ganho com créditos tributários
O envolvimento do gestor ou diretor financeiro é fundamental no processo. Esse apoio permitirá a ele diminuir seus esforços de baixar taxas juntos aos bancos e olhar para a recuperação de impostos como um “celeiro de oportunidades” que vai trazer dinheiro novo para a empresa, formando fluxo de caixa que paga o projeto e ainda terá saldo positivo por conta de impostos recuperados.
A maioria das empresas que não focavam nessas oportunidades agora já começa a tratar o tema com mais relevância. Investir em uma metodologia de gestão tributária eficiente é a certeza de vivenciar um bom caminho sem volta. Não deixe para depois o dinheiro novo que sua empresa pode ter agora!
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