As exportações seguem dando o ritmo do setor automotivo brasileiro e iniciaram o ano de 2023 como terminaram o de 2022: apresentando forte crescimento. De acordo com a ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, as exportações de autoveículos em janeiro, que engloba automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, foram as melhores nos últimos cinco anos, com 33 mil unidades, crescimento de 19,3% sobre janeiro de 2022. Apesar deste crescimento, vale um ponto de atenção nos próximos meses em relação aos mercados do Chile e Colômbia, que apresentaram quedas.
Já a produção de autoveículos nesse primeiro mês de 2023, mesmo com um crescimento de 5% sobre o mesmo período do ano anterior, deixou a desejar e é preciso contextualizar por qual o motivo o mercado esperava números melhores.
Em janeiro de 2022, a crise dos semicondutores estava mais aguda e a onda de infecções pela variante ômicron da Covid-19 estavam no auge. Portanto agora, com esses dois fatores amenizados, havia uma expectativa de se alcançar números de produção próximo de 200 mil unidades, que era o que se produzia no mês inaugural antes da pandemia.
Para a ANFAVEA, o crescimento tímido da produção pode se justificar em razão de que a maioria das fábricas deu férias coletivas em janeiro, sendo que nos anos anteriores essas férias haviam sido antecipadas por paradas de fábricas em meses de escassez de itens como semicondutores.
Márcio de Lima Leite, presidente da associação, vai além. “Em janeiro, o problema do setor automotivo foi mais de demanda do que de oferta. O ano começa com o mercado automotivo desaquecido, em função das crescentes dificuldades de crédito e do clima de incertezas sobre o desempenho da economia em nível nacional e global”, explicou o executivo.
Com um mês de defasagem, os números com o fechamento do mercado de máquinas autopropulsadas mostraram que 2022 foi um ano excelente, com crescimentos de 19,4% nas vendas de máquinas agrícolas e 29,2% para as rodoviárias. A força do agronegócio e os investimentos em infraestrutura totalizaram 105.168 unidades vendidas, além das 22.502 exportadas.
Mesmo com esses números, é possível tornar a indústria ainda mais competitiva. Um levantamento feito pela Becomex mostra que 70% do setor automotivo já fazer uso dos principais incentivos fiscais disponíveis pelo governo, mas apenas 43% os utilizam.
Como a indústria já trabalha a busca por esses benefícios, atuamos como broker estratégico com mais de 200 fornecedores da cadeia automotiva e 23 montadoras, ampliando os resultados positivos, contabilizando mais de 7 bilhões de reais de redução de custos e 9 bilhões de reais de redução da carga tributária para o mercado automotivo.
Marcos Gonzalez – diretor responsável pelo segmento automotivo da Becomex