Depois da entrega da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), que tal parar para fazer a retificação da ECF? Enxergar erros da entrega é um processo técnico, que envolve a análise de documentos, dados, cadastros. No entanto, não dá para fugir dessa tarefa, afinal, as falhas não corrigidas podem gerar multas.
É claro que existe um grupo de empresas que realiza com excelência todo o processo de apuração, validação e entrega da ECF. No entanto, essa não é a realidade da maioria. O que percebemos no mercado é a falta de auditorias e a entrega de dados que a própria empresa sabe que estão inconsistentes.
Após entregar a ECF, é um bom momento para fazer alguns questionamentos: você está seguro de todas as informações? Será que é necessário realizar melhores análises para fazer umaretificação da ECF? Se alguma situação não parece 100% correta, não perca tempo e procure a opinião de especialistas.
Entregamos a ECF. E agora?
O prazo de entrega da ECF do ano base de 2015 terminou no dia 29 de julho. Apesar de a Receita Federal ter prorrogado o prazo de junho para julho, observamos que a grande maioria das empresas deixaram para apurar a obrigação em cima da hora.
A correria para cumprir o prazo gerou diversos problemas. Vimos, por exemplo, que a ECD trouxe para a ECF muitas brechas, principalmente nos Blocos J e K, além de problemas no plano de contas referencial. Isso confirma a importância de pensar ECF e ECD em conjunto (leia mais sobre o assunto).
Baixe o Guia Prático para saber mais sobre a relação entre ECF e ECD.
Ainda sobre esse cenário de falhas, tivemos também a primeira entrega da ECF conforme as regras da Lei 12973/14, que dispõe sobre contas de adoção inicial e subcontas, cancelando o Regime Tributário de Transição (RTT).
Por que se dedicar à retificação da ECF?
A retificação da ECF é mais uma oportunidade para as empresas realizarem uma auditoria técnica e identificarem possíveis gaps. A partir de uma avaliação crítica da entrega, é possível rever – ou criar – processos validados que evitem desgastes e falhas futuras.
As etapas de auditoria, validação, análise e retificação da ECF são essenciais para garantir o compliance e evitar intimações. Sabemos, no entanto, o quanto é complicado (e oneroso) estruturar esses serviços internamente. Por isso, existe a opção de contar com consultorias que unem expertise e sistemas para pensar de forma gerencial.
Sistema, aliás, é o ponto fraco das empresas. A grande maioria utiliza planilhas de Excel para realizar as apurações dos processos de IRPJ. A falta de uma ferramenta dificulta e muito a geração da ECF, além de facilitar erros nos registros de informações e até mesmo a perda de dados.
Já estamos na metade no ano calendário 2016. Você vai continuar fazendo a ECF do mesmo jeito?
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